Só 8% dos motoristas pagariam mais por elétrico
Consultor
da PricewaterhouseCoopers indica outras dificuldades para o
desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para o setor automotivo
Mesmo com o avanço da tecnologia e dos investimentos das montadoras, a popularização do carro elétrico ainda terá que vencer algumas etapas. De acordo com um estudo da PricewaterhouseCoopers, 50% dos motoristas ao redor do mundo poderiam se interessar por um veículo movido por um motor elétrico. Destes, apenas 8% estariam dispostos a pagar mais caro por um carro verde. Os dados são referentes aos consumidores da Europa, América Latina e Ásia e foram divulgados durante o Seminário Automóvel e Sustentabilidade promovido pela Editora AutoData e realizado nesta segunda-feira (28), em São Paulo.
Segundo o consultor da Price, Ernesto Cavasin, além da dificuldade de popularizar esse tipo de tecnologia por questões de custo, a segunda etapa será vencer a barreira da regionalização das tecnologias. “Atualmente, observamos a tendência da globalização das plataformas. Cada vez mais escutamos o termo carro global. Porém, no futuro teremos algo diferente. Mesmo que a carroceria, chassi e equipamentos sejam semelhantes em diversos países, os motores serão completamente distintos”, afirmou Cavasin.
O consultor afirmou ainda que a grande questão para que isso ocorra é a dificuldade para desenvolver determinados combustíveis em algumas regiões do mundo. “A partir de agora, teremos a evolução de três tipos de combustíveis: a eletricidade, o hidrogênio e o bicombustível, como o nosso etanol. Um grande exemplo de regionalização é o caso da Europa. Por lá, por questões estruturais e de tipo de ambiente é impossível produzir etanol em larga escala, por exemplo. Sendo assim, provavelmente teremos incentivos maiores para veículos elétricos ou a hidrogênio”, disse.
Tendências do futuro
Falando de tendências para o futuro com relação à sustentabilidade na indústria automotiva, Ernesto Cavasin afirmou que há dois grandes problemas que as empresas do setor enfrentarão: a escassez de recursos naturais e o crescimento dos efeitos da falta de mobilidade urbana nos grandes centros urbanos.
Segundo o consultor, as montadoras deverão mudar os planos e alterar o seu negócio principal. Ao invés de investir em carros individuais, as atenções deverão estar voltadas para ferramentas de mobilidade, como veículos de transporte de massa (tanto de pessoas como de cargas). “Chegaremos num patamar em que não haverá mais saída. As empresas se tornarão fornecedores de equipamentos para o transporte de massa, já que não haverá mais espaço para o veículo individual. Se o pensamento seguir do modo que está, essa será uma tendência natural”, disse Cavasin.
Reciclagem de Veículos
Mesmo com o carro elétrico liderando a tabela de opções para diminuir os efeitos da indústria automotiva ao Meio Ambiente, o consultor da PricewaterhouseCoopers afirmou que uma grande solução a curto prazo é o investimento na reciclagem de automóveis. Atualmente, o descarte das sucatas não recebe a atenção necessária no Brasil.
“Anos atrás tivemos um pequeno movimento com relação a reciclagem de automóveis. Porém, algo embrionário e que foi interrompido por falta de investimentos. Acredito que as próprias montadoras poderiam aumentar o aporte para esse tipo de atividade, oferecendo alternativas mais viáveis no momento do descarte dos veículos que não são mais utilizados”, afirmou.
Uma questão que é realidade no país. Basta caminhar nos grandes centros brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente nas áreas periféricas, que será fácil observar a quantidade dos chamados ferros-velhos. Segundo dados da Price, o país vive uma renovação da frota, com uma média de veículos com apenas 10 anos de vida útil. Sendo assim, os modelos mais antigos estão sendo descartados no Meio Ambiente ou sendo acumulados em espaços como os citados acima.
De acordo com o diretor de engenharia sustentável da Volkswagen, Josef-Fidelis Senn, a grande questão é escolher quem irá administrar essa questão. "Na Alemanha, há um plano conjunto entre o Governo e as montadoras para a destinação das peças desses veículos que foram descartados. O que falta no Brasil é encontrar um responsável para esse assunto. Quando isso for feito, a solução será encontrada", disse o executivo alemão.
Por: Leonardo Faria
Fonte: Carsale

Mesmo com o avanço da tecnologia e dos investimentos das montadoras, a popularização do carro elétrico ainda terá que vencer algumas etapas. De acordo com um estudo da PricewaterhouseCoopers, 50% dos motoristas ao redor do mundo poderiam se interessar por um veículo movido por um motor elétrico. Destes, apenas 8% estariam dispostos a pagar mais caro por um carro verde. Os dados são referentes aos consumidores da Europa, América Latina e Ásia e foram divulgados durante o Seminário Automóvel e Sustentabilidade promovido pela Editora AutoData e realizado nesta segunda-feira (28), em São Paulo.
Segundo o consultor da Price, Ernesto Cavasin, além da dificuldade de popularizar esse tipo de tecnologia por questões de custo, a segunda etapa será vencer a barreira da regionalização das tecnologias. “Atualmente, observamos a tendência da globalização das plataformas. Cada vez mais escutamos o termo carro global. Porém, no futuro teremos algo diferente. Mesmo que a carroceria, chassi e equipamentos sejam semelhantes em diversos países, os motores serão completamente distintos”, afirmou Cavasin.
O consultor afirmou ainda que a grande questão para que isso ocorra é a dificuldade para desenvolver determinados combustíveis em algumas regiões do mundo. “A partir de agora, teremos a evolução de três tipos de combustíveis: a eletricidade, o hidrogênio e o bicombustível, como o nosso etanol. Um grande exemplo de regionalização é o caso da Europa. Por lá, por questões estruturais e de tipo de ambiente é impossível produzir etanol em larga escala, por exemplo. Sendo assim, provavelmente teremos incentivos maiores para veículos elétricos ou a hidrogênio”, disse.
Tendências do futuro
Falando de tendências para o futuro com relação à sustentabilidade na indústria automotiva, Ernesto Cavasin afirmou que há dois grandes problemas que as empresas do setor enfrentarão: a escassez de recursos naturais e o crescimento dos efeitos da falta de mobilidade urbana nos grandes centros urbanos.
Segundo o consultor, as montadoras deverão mudar os planos e alterar o seu negócio principal. Ao invés de investir em carros individuais, as atenções deverão estar voltadas para ferramentas de mobilidade, como veículos de transporte de massa (tanto de pessoas como de cargas). “Chegaremos num patamar em que não haverá mais saída. As empresas se tornarão fornecedores de equipamentos para o transporte de massa, já que não haverá mais espaço para o veículo individual. Se o pensamento seguir do modo que está, essa será uma tendência natural”, disse Cavasin.

Reciclagem de Veículos
Mesmo com o carro elétrico liderando a tabela de opções para diminuir os efeitos da indústria automotiva ao Meio Ambiente, o consultor da PricewaterhouseCoopers afirmou que uma grande solução a curto prazo é o investimento na reciclagem de automóveis. Atualmente, o descarte das sucatas não recebe a atenção necessária no Brasil.
“Anos atrás tivemos um pequeno movimento com relação a reciclagem de automóveis. Porém, algo embrionário e que foi interrompido por falta de investimentos. Acredito que as próprias montadoras poderiam aumentar o aporte para esse tipo de atividade, oferecendo alternativas mais viáveis no momento do descarte dos veículos que não são mais utilizados”, afirmou.
Uma questão que é realidade no país. Basta caminhar nos grandes centros brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente nas áreas periféricas, que será fácil observar a quantidade dos chamados ferros-velhos. Segundo dados da Price, o país vive uma renovação da frota, com uma média de veículos com apenas 10 anos de vida útil. Sendo assim, os modelos mais antigos estão sendo descartados no Meio Ambiente ou sendo acumulados em espaços como os citados acima.
De acordo com o diretor de engenharia sustentável da Volkswagen, Josef-Fidelis Senn, a grande questão é escolher quem irá administrar essa questão. "Na Alemanha, há um plano conjunto entre o Governo e as montadoras para a destinação das peças desses veículos que foram descartados. O que falta no Brasil é encontrar um responsável para esse assunto. Quando isso for feito, a solução será encontrada", disse o executivo alemão.

Por: Leonardo Faria
Fonte: Carsale
Os que não pagariam mais provavelmente não têm pulmões e nem sabem utilizar calculadoras, pois com um custo por Km 75% menor, o valor pago a mais se paga...
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