Estudo diz que brasileiros já aceitam o carro elétrico

Pesquisa feita pela consultoria Delloitte diz que custo da manutenção, autonomia e rede de abastecimento inexistente ainda são obstáculos


Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte, os consumidores brasileiros têm um interesse real na aquisição de um carro elétrico.  Dos 530 entrevistados, 56% disseram que comprariam um automóvel “verde”. O índice é superior ao registrado no Canadá e nos Estados Unidos, por exemplo. O estudo foi apresentado durante o Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, que acontece nesta semana no Expo-Imigrantes, em São Paulo-SP.

O material aponta que o principal obstáculo para o avanço da tecnologia é o preço desse tipo de veículo. Para efeito de comparação, o valor do investimento é um fator mais relevante para o consumidor brasileiro do que para o europeu. No País, os clientes são sensíveis ao preço mais alto pago pela tecnologia na comparação com carros equipados com motores a combustão.

A pesquisa da Deloitte indica que essa questão seria alterada caso exista uma vantagem financeira expressiva para manter o carro. Um dos pontos favoráveis para a quebra de paradigmas seria se o preço da gasolina aumentasse para patamar superior a R$ 4,30 por litro. A autonomia é outro fator importante. Apesar de a maioria das pessoas percorrerem até 40 quilômetros por dia para cumprir os compromissos de rotina, os consumidores exigem que o carro seja capaz de rodar ao menos 80 quilômetros sem precisar recarregar a bateria. “O tempo dessa recarga também é uma questão delicada. O ideal é que ele dure até quatro horas”, explica Ricardo Carvalho, sócio de finanças corporativas da consultoria. Outro ponto importante é a infraestrutura de reabastecimento, que precisaria de razoável aporte de investimentos para que ela atenda a demanda.

“Notamos que o consumidor brasileiro está aberto. É questão de tempo e de incentivos”, avalia Carvalho. Na visão dele, uma boa aposta da indústria seria desenvolver uma bateria nacional, adequada às condições climáticas e infraestrutura local. “Para isso, no entanto, precisamos de isenção de impostos para componentes”, lembra.

Fonte: Carsale

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