Carro elétrico ganha terreno na Europa



A montadora francesa Renault e sua parceira japonesa Nissan devem ter vendido 100 mil carros elétricos neste mês, disse neste sábado o executivo-chefe de ambas as empresas, Carlos Ghosn, em uma coletiva na cidade francesa de Aix-en-Provence. Ele também disse que ele não espera forte recuperação do combalido setor automotivo europeu a médio prazo.

Ghosn, que tem lavrado fatia maior do dinheiro de suas empresas em tecnologia de carros elétricos do que qualquer outra montadora no mercado de massa, disse que o investimento das duas companhias em veículos híbridos e elétricos “não é uma aposta, é uma certeza”.

Opção viável
No Brasil, as montadoras entregaram ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, uma proposta para tornar viável a produção de carros elétricos e híbridos no país. Antes da etapa da produção, contudo, querem isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para modelos importados. A justificativa será a de estabelecer a tecnologia no mercado.

O plano prevê uma cota de 500 veículos que entrariam no país neste ano com IPI zero (hoje a taxa é de 13% a 25%), número que aumentaria anualmente até chegar a 2,4 mil unidades em 2017. Essas cotas seriam adicionais àquelas estabelecidas pelo programa Inovar-Auto, que livra uma parcela das importações da alta de 30 pontos porcentuais de IPI em vigor desde o fim de 2011.

A isenção do Imposto de Importação (II) é pedida apenas para as peças de reposição. Carros vindos de fora do Mercosul e do México pagam 35% de II. Medidas de incentivo à produção, que devem ocorrer só a partir de 2017, ainda não são especificadas no estudo, que será levado ao governo pela diretoria da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O entendimento em relação a uma proposta única para viabilizar os carros verdes no Brasil demorou a sair por causa da falta de interesse de montadoras, “que ainda não têm produtos dessa categoria em grande escala”, disse uma fonte do setor automobilístico.

Apenas a Toyota entregou ao governo, no início do ano, uma proposta em que estabelecia prazo de cinco anos para iniciar a produção local de híbridos com motor flex (elétrico e etanol). Pedia, em contrapartida, desoneração de IPI e de II. Desde janeiro, a marca vende no País o híbrido Prius, a R$ 120 mil. Importado do Japão, até agora foram vendidas 170 unidades.

Também estão à venda os híbridos Ford Fusion, Lexus CT200h, Porsche Cayenne S, Mercedes-Benz S400 e o elétrico Nissan Leaf.

Fonte: Jornal Correio do Brasil

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