Incentivo a carros ecológicos deve se restringir a modelos autogeradores

Segundo jornal, benefício servirá apenas a modelos como o Prius, da Toyota. Carros 100% elétricos como o Leaf, da Nissan, ficariam de fora

Toyota Prius - Carro Híbrido
O primeiro programa de incentivo aos veículos com propulsão alternativa deve ser anunciado ainda em setembro e promete decepcionar pela proposta aquém das expectativas. Segundo apurou o jornal Valor Econômico, a medida somente reduzirá o imposto de importação dos modelos ‘autogeradores’, ou seja, que recarregam suas próprias baterias, seja pelo motor a combustão ou por energia recuperada de frenagens.

Em resumo, apenas veículos como o Prius, da Toyota, e o Fusion Hybrid, da Ford, deixariam de recolher 35% de imposto de importação – a alíquota cairia para 2%. Mais avançados, elétricos como o Leaf, da Nissan, e híbridos plug-in (que recarregam na tomada) como o Volt, da Chevrolet, ficariam de fora.

A razão levantada pelo Valor envolve a preocupação do governo em incentivar veículos que usariam a infraestrutura de energia elétrica do país numa época de ameaça de racionamento.

Produção nacional
A proposta governamental passa longe do plano sugerido pela Anfavea, a associação que reúne as principais montadoras instaladas no país. Nele, previa-se um projeto de duas fases. Na primeira, haveria desoneração do IPI para as marcas que quisessem importas modelos elétricos e híbridos numa cota estipulada que vigoraria até 2017. Depois, apenas as fabricantes que produzissem seus modelos no Brasil receberiam o incentivo. A ideia era estimular o desenvolvimento da tecnologia de forma local.

Um dos argumentos dos defensores dos híbridos autogeradores é que eles dispensam o investimento em infraestrutura de recarga. Híbridos plug-in e, sobretudo, elétricos puros ainda encontram dificuldades de aceitação mundo afora, mesmo com benefícios generosos de alguns países. O Leaf, por exemplo, liderou as vendas nos Estados Unidos em julho com 3 mil unidades emplacadas contra 2 mil do Volt. O volume, no entanto, representa apenas 6% das vendas do Honda Accord, o automóvel mais comercializado no mercado norte-americano.

Por: Ricardo Meier
Fonte: iG Carros

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