Tesla diz que pode lucrar mais com bateria do que com carros

Elon Musk: a Tesla recebeu 38 mil encomendas para a Powerwall, uma bateria projetada para residências

Os sistemas de armazenamento de energia da Tesla podem se tornar um negócio ainda maior do que a divisão de carros elétricos da empresa, afirmou o bilionário sul-africano Elon Musk, presidente da companhia.

A Tesla recebeu 38 mil encomendas para a Powerwall, uma bateria projetada para residências, anunciada na semana passada.

Ou seja: os aparelhos estão esgotados, pelo menos até meados de 2016.

As duas versões da Powerwall, uma de 7 kWh e outra de 10 kWh, custam 3 mil dólares (9 mil reais) e 3 500 dólares (10 mil reais), respectivamente.

Cerca de 2 800 pedidos foram feitos para a versão empresarial da bateria, chamada de Powerpack. Musk afirmou ter ficado surpreso com a escala de pedidos vindos de consumidores residenciais.

Durante uma conferência com acionistas, ele afirmou que a demanda pelos sistemas de armazenamento de energia foi impressionante: "o mercado total para os produtos da Tesla Energy é enorme e muito mais fácil de ser atingido globalmente do que a venda de carros."

A produção da Powerwall irá começar nos próximos meses em Fremont, na Califórnia, onde a Tesla atualmente constrói seu carro elétrico, o Model S. Musk afirmou que toda a nova fábrica de baterias da empresa, que deve ser inaugurada em 2016, será dedicada às baterias estacionárias. Mas, por enquanto, as baterias para carros serão a prioridade da planta.

A Tesla vendeu 10 045 carros no primeiro trimestre de 2015, quase 55% mais veículos do que no mesmo período do ano passado. Mas a empresa deve começar a ganhar concorrentes nos próximos anos. Rumores indicam que a Apple pode entrar nesse mercado. "Eu espero sinceramente que a Apple entre no setor automotivo. Isso seria ótimo", disse Musk.

O executivo revelou que a empresa irá mostrar um protótipo de seu novo carro, o Model 3, em março de 2016. Ele custará a metade do preço do Model S e deve ser vendido a partir de 2017.

Por: Gabriel Garcia
Fonte: EXAME.com