Ecológico se comporta bem nos deslocamentos diários
Totalmente elétrico, Fiat 500e entrega conforto e bom desempenho sem emitir poluentes atmosféricos ou sonoros
O Fiat 500e é um carro elétrico do tipo plug-in. Ao contrário dos modelos híbridos, que são equipados também com um motor a combustão, o 500e é movido unicamente pela energia elétrica e tem que ser conectado a uma tomada para que as baterias sejam recarregadas. Elas são de íons de lítio, e alimentam um propulsor com ímãs permanentes de 83 kW, valor que equivale a aproximadamente 113 cv. O torque é de 20,4 kgfm e é constante: ele está totalmente disponível de imediato, em qualquer regime, ao contrário do que ocorre nos carros movidos a combustíveis fósseis, em que há só um ponto, ou uma faixa, de torque máximo.
Com tamanha força, o veículo tem apenas uma marcha (isso mesmo), bem longa, capaz de levá-lo da imobilidade até a velocidade máxima de 137 km/h, segundo o fabricante. Devido às baterias, posicionadas sob o banco traseiro e a parte posterior do assoalho, o peso é mais elevado que o das versões convencionais do 500: são 1.355 kg, ante 1.061 na configuração Cult 1.4 flex.
Elétrico anda bem. Dirigir o 500e é uma experiência diferente, mas também bem fácil. A interface do câmbio é semelhante à do Uno Dualogic (embora a mecânica seja completamente diferente), com botões e sem pedal de embreagem. Uma vez em movimento, o painel, que em vez de instrumentos traz uma única tela de LCD, informa, além da velocidade, a carga da bateria, a autonomia e o nível de consumo de energia, por meio de um gráfico. Se quiser, o motorista pode visualizar quantos quilowatts estão sendo consumidos instantaneamente, por meio do computador de bordo. No mais, há conforto de sobra, proporcionado por equipamentos como ar-condicionado, direção elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos e teto solar. O carrinho também é seguro, com sete airbags (frontais, laterais, do tipo cortina e para os joelhos do motorista), freios ABS e controles eletrônicos de estabilidade e tração.
O desempenho é muito bom: o torque constante faz com que as respostas ao acelerador sejam imediatas e bastante ágeis. Mas o silêncio a bordo é, de fato, o fator que mais chama a atenção. Sem o ronco do motor, os ruídos mais perceptíveis acabam sendo o do vento passando pela carroceria e o dos pneus rolando contra o solo. E olha que, mesmo nesses quesitos, o 500e é mais silencioso que seus equivalentes a combustão, pois é calçado com pneus de baixo atrito e tem melhor aerodinâmica: o cx baixou de 0.359 para 0.311, graças ao para-choque frontal e às rodas com menos aberturas, além dos spoilers laterais e traseiro.
Só no exterior
Vendas. A Fiat não comercializa o 500e no Brasil, tampouco tem planos de importá-lo. Consultada, a marca informou que chegou a fazer alguns estudos, mas essa operação foi inviabilizada pelo preço de aquisição, que seria proibitivo. O modelo é produzido em Tolouca, no México, e, nos EUA, tem preço a partir de US$ 38,1 mil.
Recarga é fácil, mas demorada
A operação de recarga do 500e é simples: basta conectar o veículo a uma tomada e esperar. Esse operação, todavia, é demorada. Em um sistema de 240 V, gastam-se cerca de quatro horas para que as baterias vão do nível mínimo ao máximo. Se a voltagem for de 120 V, o tempo é ainda maior: uma recarga completa pode durar até 12 horas. E é necessário que essa tomada seja aterrada.
Caso contrário, o veículo simplesmente não carrega, pois, por questão de segurança, um software identifica a ausência do aterramento e bloqueia o processo. Com carga máxima, a autonomia no modelo da Fiat é limitada a cerca de 150 km.
A questão que limita a utilização de um veículo totalmente elétrico, além do preço final, é justamente a infraestrutura. Muitas pessoas não têm tomadas aterradas em casa, muito menos na garagem. Porém, após os dias nos quais o 500e ficou com a reportagem, não há dúvidas sobre a viabilidade desse tipo de produto, principalmente no Brasil, que conta, majoritariamente, com fontes de energia limpas. A julgar pelos avanços tecnológicos já alcançados pelo setor automotivo, problemas como a autonomia ou o tempo de recarga não tardarão a ser contornados.
Por: Alexandre Carneiro
Fonte: O Tempo
Fiat 500e |
O Fiat 500e é um carro elétrico do tipo plug-in. Ao contrário dos modelos híbridos, que são equipados também com um motor a combustão, o 500e é movido unicamente pela energia elétrica e tem que ser conectado a uma tomada para que as baterias sejam recarregadas. Elas são de íons de lítio, e alimentam um propulsor com ímãs permanentes de 83 kW, valor que equivale a aproximadamente 113 cv. O torque é de 20,4 kgfm e é constante: ele está totalmente disponível de imediato, em qualquer regime, ao contrário do que ocorre nos carros movidos a combustíveis fósseis, em que há só um ponto, ou uma faixa, de torque máximo.
Com tamanha força, o veículo tem apenas uma marcha (isso mesmo), bem longa, capaz de levá-lo da imobilidade até a velocidade máxima de 137 km/h, segundo o fabricante. Devido às baterias, posicionadas sob o banco traseiro e a parte posterior do assoalho, o peso é mais elevado que o das versões convencionais do 500: são 1.355 kg, ante 1.061 na configuração Cult 1.4 flex.
Interior do Fiat 500e |
Elétrico anda bem. Dirigir o 500e é uma experiência diferente, mas também bem fácil. A interface do câmbio é semelhante à do Uno Dualogic (embora a mecânica seja completamente diferente), com botões e sem pedal de embreagem. Uma vez em movimento, o painel, que em vez de instrumentos traz uma única tela de LCD, informa, além da velocidade, a carga da bateria, a autonomia e o nível de consumo de energia, por meio de um gráfico. Se quiser, o motorista pode visualizar quantos quilowatts estão sendo consumidos instantaneamente, por meio do computador de bordo. No mais, há conforto de sobra, proporcionado por equipamentos como ar-condicionado, direção elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos e teto solar. O carrinho também é seguro, com sete airbags (frontais, laterais, do tipo cortina e para os joelhos do motorista), freios ABS e controles eletrônicos de estabilidade e tração.
O desempenho é muito bom: o torque constante faz com que as respostas ao acelerador sejam imediatas e bastante ágeis. Mas o silêncio a bordo é, de fato, o fator que mais chama a atenção. Sem o ronco do motor, os ruídos mais perceptíveis acabam sendo o do vento passando pela carroceria e o dos pneus rolando contra o solo. E olha que, mesmo nesses quesitos, o 500e é mais silencioso que seus equivalentes a combustão, pois é calçado com pneus de baixo atrito e tem melhor aerodinâmica: o cx baixou de 0.359 para 0.311, graças ao para-choque frontal e às rodas com menos aberturas, além dos spoilers laterais e traseiro.
Só no exterior
Vendas. A Fiat não comercializa o 500e no Brasil, tampouco tem planos de importá-lo. Consultada, a marca informou que chegou a fazer alguns estudos, mas essa operação foi inviabilizada pelo preço de aquisição, que seria proibitivo. O modelo é produzido em Tolouca, no México, e, nos EUA, tem preço a partir de US$ 38,1 mil.
Recarga é fácil, mas demorada
A operação de recarga do 500e é simples: basta conectar o veículo a uma tomada e esperar. Esse operação, todavia, é demorada. Em um sistema de 240 V, gastam-se cerca de quatro horas para que as baterias vão do nível mínimo ao máximo. Se a voltagem for de 120 V, o tempo é ainda maior: uma recarga completa pode durar até 12 horas. E é necessário que essa tomada seja aterrada.
Painel totalmente digital do Fiat 500e |
Caso contrário, o veículo simplesmente não carrega, pois, por questão de segurança, um software identifica a ausência do aterramento e bloqueia o processo. Com carga máxima, a autonomia no modelo da Fiat é limitada a cerca de 150 km.
A questão que limita a utilização de um veículo totalmente elétrico, além do preço final, é justamente a infraestrutura. Muitas pessoas não têm tomadas aterradas em casa, muito menos na garagem. Porém, após os dias nos quais o 500e ficou com a reportagem, não há dúvidas sobre a viabilidade desse tipo de produto, principalmente no Brasil, que conta, majoritariamente, com fontes de energia limpas. A julgar pelos avanços tecnológicos já alcançados pelo setor automotivo, problemas como a autonomia ou o tempo de recarga não tardarão a ser contornados.
Por: Alexandre Carneiro
Fonte: O Tempo
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