Brasil terá até 2020 de 30 mil a 40 mil carros verdes na frota
Estimativa é de associação de elétricos, que organiza salão em setembro
As tradicionais mazelas dos veículos elétricos estão cada vez mais contornáveis. Já há carros que percorrem distâncias próximas a São Paulo-Rio com uma única carga e possibilidade de recarga em apenas duas horas.
É o que afirma Ricardo Guggisberg, presidente da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos), que organiza de 1º a 3 de setembro o 12º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos.
Para ele, “veículos elétricos e híbridos terão papel preponderante nos grandes centros urbanos, do ponto de vista ambiental e de saúde pública por emissões veiculares”. A seguir, nossa entrevista.
Carpress - Os tradicionais empecilhos ao carros elétricos, como baixa autonomia e custos elevados estão aí postos há muitos anos. Como contorná-los?
Ricardo Guggisberg - Em relação à autonomia de veículos elétricos, exemplos como o do modelo BYD e6, que deve ser lançado no Brasil, já percorre 400 quilômetros com uma única carga. Sua bateria é recarregada em apenas duas horas.
Além disso, há tecnologias que permitem que o carro seja recarregado em freadas e durante o movimento. Em geral, quando os carros elétricos estão parados no trânsito, entram em stand-by, ou seja, não consomem energia, ao contrário dos veículos a combustão.
Em relação ao custos elevados, é uma realidade. Primeiro, por conta da tecnologia agregada mais expressiva e segundo, por questões de escala de produção e de comercialização. Mas acreditamos que o Brasil terá em 2020 entre 30 mil e 40 mil veículos verdes em circulação.
Por que é necessário ter um evento voltado especificamente a veículos elétricos?
Nós já estamos na 12º edição do Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos. É fundamental que o setor apresente novas tecnologias e o consumidor avalie os produtos elétricos ou híbridos. Só assim conseguiremos mostrar as vantagens de nossos produtos.
Na sua opinião, todas as marcas terão veículos elétricos para ofertar ao consumidor final? Em que prazo?
Montadoras tradicionais, fabricantes de veículos a combustão (diesel, gasolina ou flex) já anunciaram que vão enveredar esforços no sentido de lançar em breve veículos elétricos ou híbridos. Não é possível afirmar, porém, se todas vão ofertar e em que prazos.
Qual o “pulo do gato”, ou seja, o que falta para que o carro elétrico vire uma realidade factível no Brasil?
Infraestrutura de recarga. Ainda existem poucos pontos de recarga disponíveis, realidade que pode mudar com a aprovação pelo Senado de um projeto de lei que já foi aprovado no início de abril pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, que prevê a obrigatoriedade dos postos de recarga em áreas públicas, sendo as concessionárias de energia as responsáveis pela realização da prestação de serviços.
Falta também ampliar os incentivos federais aos veículos elétricos e híbridos. Alguns Estados e municípios já estão concedendo incentivos fiscais. Mas ainda é pouco. Estamos trabalhando para que o veículo elétrico possa virar uma realidade no Brasil.
Não se pinta uma realidade complexa demais quando o assunto é carro elétrico, no sentido de ter de mudar as matrizes, esperar uma demanda muito maior do que a que atende a de hoje etc., só para que tenhamos veículos verdes? E que benefícios eles obrigatoriamente têm e deverão ter a mais no futuro?
Alguns países europeus, Estados Unidos, Japão e China já conseguiram reverter essa teórica complexidade. Os benefícios já são evidentes, veículos elétricos e híbridos terão papel preponderante nos grandes centros urbanos, do ponto de vista ambiental e de saúde pública por emissões veiculares.
Por: Luís Perez
Fonte: Carpress
Ricardo Guggisberg, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos |
As tradicionais mazelas dos veículos elétricos estão cada vez mais contornáveis. Já há carros que percorrem distâncias próximas a São Paulo-Rio com uma única carga e possibilidade de recarga em apenas duas horas.
É o que afirma Ricardo Guggisberg, presidente da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos), que organiza de 1º a 3 de setembro o 12º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos.
Para ele, “veículos elétricos e híbridos terão papel preponderante nos grandes centros urbanos, do ponto de vista ambiental e de saúde pública por emissões veiculares”. A seguir, nossa entrevista.
Carpress - Os tradicionais empecilhos ao carros elétricos, como baixa autonomia e custos elevados estão aí postos há muitos anos. Como contorná-los?
Ricardo Guggisberg - Em relação à autonomia de veículos elétricos, exemplos como o do modelo BYD e6, que deve ser lançado no Brasil, já percorre 400 quilômetros com uma única carga. Sua bateria é recarregada em apenas duas horas.
Além disso, há tecnologias que permitem que o carro seja recarregado em freadas e durante o movimento. Em geral, quando os carros elétricos estão parados no trânsito, entram em stand-by, ou seja, não consomem energia, ao contrário dos veículos a combustão.
Em relação ao custos elevados, é uma realidade. Primeiro, por conta da tecnologia agregada mais expressiva e segundo, por questões de escala de produção e de comercialização. Mas acreditamos que o Brasil terá em 2020 entre 30 mil e 40 mil veículos verdes em circulação.
Por que é necessário ter um evento voltado especificamente a veículos elétricos?
Nós já estamos na 12º edição do Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos. É fundamental que o setor apresente novas tecnologias e o consumidor avalie os produtos elétricos ou híbridos. Só assim conseguiremos mostrar as vantagens de nossos produtos.
Na sua opinião, todas as marcas terão veículos elétricos para ofertar ao consumidor final? Em que prazo?
Montadoras tradicionais, fabricantes de veículos a combustão (diesel, gasolina ou flex) já anunciaram que vão enveredar esforços no sentido de lançar em breve veículos elétricos ou híbridos. Não é possível afirmar, porém, se todas vão ofertar e em que prazos.
Qual o “pulo do gato”, ou seja, o que falta para que o carro elétrico vire uma realidade factível no Brasil?
Infraestrutura de recarga. Ainda existem poucos pontos de recarga disponíveis, realidade que pode mudar com a aprovação pelo Senado de um projeto de lei que já foi aprovado no início de abril pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, que prevê a obrigatoriedade dos postos de recarga em áreas públicas, sendo as concessionárias de energia as responsáveis pela realização da prestação de serviços.
Falta também ampliar os incentivos federais aos veículos elétricos e híbridos. Alguns Estados e municípios já estão concedendo incentivos fiscais. Mas ainda é pouco. Estamos trabalhando para que o veículo elétrico possa virar uma realidade no Brasil.
Não se pinta uma realidade complexa demais quando o assunto é carro elétrico, no sentido de ter de mudar as matrizes, esperar uma demanda muito maior do que a que atende a de hoje etc., só para que tenhamos veículos verdes? E que benefícios eles obrigatoriamente têm e deverão ter a mais no futuro?
Alguns países europeus, Estados Unidos, Japão e China já conseguiram reverter essa teórica complexidade. Os benefícios já são evidentes, veículos elétricos e híbridos terão papel preponderante nos grandes centros urbanos, do ponto de vista ambiental e de saúde pública por emissões veiculares.
Por: Luís Perez
Fonte: Carpress
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