Governo estuda incentivos para automóveis elétricos produzidos no Brasil

O governo federal começa a dar sinais de que está mais atento à importância dos carros elétricos e híbridos.
O assunto tem prioridade e será discutido neste ano, diz a secretária de desenvolvimento da produção do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Heloísa Menezes. "Eles [elétricos e híbridos] ficaram de fora do Inovar-Auto [nome dado ao regime automotivo] porque têm alto grau de complexidade. São bichos diferentes e precisam de uma dieta especial".
De acordo com o ministério, os híbridos e elétricos podem entrar em uma segunda fase do Inovar-Auto.
Segundo a Folha apurou com executivos de montadoras, um dos caminhos para incluir os elétricos nas novas regras é considerá-los na conta de eficiência energética que as empresas devem atingir. Como o cálculo considera a média de consumo de todos os modelos, o elétrico entraria como zero e ajudaria a reduzir a média.
O ministério cobrará fabricação nacional. "Não haverá redução [tributária] sem que haja possibilidade da produção no país", diz Menezes.
CARROS "VERDES"
O Salão do Automóvel de São Paulo apresenta até domingo carros "verdes" nos estandes de 11 marcas. O híbrido Prius, da Toyota, estará à venda em janeiro por R$ 120 mil.
A montadora culpa a falta de incentivos fiscais pelo preço alto. "Nosso objetivo é vender o carro a R$ 90 mil. Nos EUA, é vendido a US$ 25 mil, e há estímulo de US$ 7.500 que o governo oferece para compra de elétricos", diz Roberto Braun, gerente de assuntos governamentais da Toyota.
O carro híbrido emite 40% menos CO2 do que um a combustão e roda, em média, 25 km por litro.
A Nissan expõe o elétrico Leaf, testado em parceria com a prefeitura de São Paulo em táxis. Até dezembro, serão dez unidades nas ruas. Segundo Fernando Menezes, diretor de Comunicação da Nissan, incentivos fiscais e infraestrutura para recarga são os principais pilares para que o novo nicho dê certo.
INCENTIVOS
Na Europa, alguns países têm vagas especiais para carros elétricos. Em Londres, os elétricos são isentos da taxa para trafegar no centro.
Pietro Erber, presidente da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), diz que o governo está atrasado para reconhecer a existência do elétrico. "Vários prédios em construção já planejam vagas com recarga elétrica e nada ainda de incentivos."
Fonte: Agência de Notícias Jornal Floripa
Está na hora de acordarem mesmo....
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