De carro, sem pagar IPVA nem combustível

Curitiba terá sistema de aluguel de veículos elétricos a partir de janeiro. Testes começam em setembro e ajudarão a definir local das estações

Antonio De Nes ao lado do protótipo elétrico Tree City Car, desenvolvido na UTFPR

Primeiro, foram as bicicletas de aluguel. Agora, chegou a vez dos automóveis serem compartilhados pelos curitibanos, em estações espalhadas na cidade. O sistema, batizado no exterior de car-sharing (compartilhamento de carros) e já bastante comum na Europa, pode soar um tanto quanto insólito aos motoristas da capital, devido a algumas peculiaridades: além de funcionarem com motor elétrico, os veículos terão apenas três rodas.

O projeto, que entra em fase de testes a partir de setembro, aproveita uma invenção 100% paranaense, o triciclo Pompeo, idealizado ainda em 2005 pelo engenheiro e professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Renato César Pompeu. Nas ruas, o veículo se chamará Tree City Car, mas manterá o formato enxuto, com dois lugares e uma autonomia de até 250 quilômetros. Apesar de não ser a primeira iniciativa no Brasil de car-sharing, a intenção de se utilizar uma frota 100% elétrica é inédita no país.

Cadastro
Na prática, o motorista fará um cadastro pela internet e, de posse de um cartão, retirará o veículo na estação mais próxima de sua casa, sem a necessidade de um intermediador de carne e osso. Pagará pelo tempo e quantidade de quilômetros que rodar (veja infográfico). Depois, devolverá o carro no mesmo local, sem se preocupar com os demais custos que rondam os motoristas, como IPVA, seguro e combustível.

Já que ainda não se sabe como será a aceitação pelos curitibanos, a Carmmon, empresa responsável pelo projeto, está sendo cuidadosa. Inicialmente, a partir de setembro, serão apenas uma ou duas estações, tendo de dois a cinco carros “normais” em cada – os elétricos entram em produção só no início do ano que vem. Os quatro meses servirão para coletar impressões dos usuários interessados e analisar o funcionamento do sistema. Hoje, os motoristas já podem se pré-cadastrar pelo site www.carmmon.com e inclusive sugerir os bairros que devem receber as estações de aluguel. Mesmo os primeiros pontos ainda não estão definidos.

Por trás da Carmmon, está o Optiness, instituto de desenvolvimento econômico criado na Itália há cinco anos, e que está bancando os custos iniciais do projeto. Conforme o diretor-executivo da Optiness no Brasil, Antonio De Nes, estão sendo buscadas parcerias entre o empresariado local e o poder público.

A escolha de Curitiba, segundo o engenheiro, se deu por causa do triciclo elétrico que já estava em desenvolvimento na cidade e devido ao transporte público considerado satisfatório, conforme pesquisas feitas pela empresa – como o carro precisa ser devolvido na estação, a intenção é que a alternativa dialogue com outros modais disponíveis, não deixando o motorista a pé.



Por: Rafael Waltrick
Fonte: Gazeta do Povo

2 comentários:

  1. Brasileiro é lanca mesmo, um programa teste para mostrar a viabilidade do negocio e te cobram o olha da cara. Prefiro mil vez pegar um taxi, é por esses e outras que o Brasil nunca vai pra frente.

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  2. Isso é mais um oportunista que aproveita a falta de concorrência para ficar rico, assim é melhor comprar seu carro próprio

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