Elétricos e híbridos fazem até 40 km/l, mas já batem 320 km/h

Fabricantes apostam nos veículos elétricos de tal maneira que eles ganharam potência, design, e se transformaram em supercarros

Porsche 918 Spyder Híbrido

Eles já foram sinônimo de discurso politicamente correto, ação de marketing e baixo desempenho. Mas as fabricantes apostaram nos veículos elétricos de tal maneira que eles ganharam potência, design e se transformaram em supercarros. A Porsche foi a primeira revelar sua aposta alternativa durante o salão do automóvel de Frankfurt: o 918 Spyder Concept é um híbrido que além de rodar 33,3 km/l no consumo combinado manteve os atributos de esportividade dos modelos da marca alemã. O carro vai de zero a 100 km/h em 3s2 e bate os 320 km/h de velocidade máxima. É claro que para tudo isso ele conta também com um V8 3.4 l a combustão, mas o motor elétrico é capaz de rodar sozinho por 25 km.

Outra marca de tradição entre carros esportivos, a Mercedes-Benz, colocou sob os holofotes no evento alemão dois modelos que utilizam tecnologia que não emite gases. A Classe S-500 Plug-In Hybrid tem consumo combinado de 33,3 km/l e autonomia para rodar só com o propulsor elétrico por 30 km. Com a ajuda do motor a combustão o carro não perdeu performance e vai até os 250 km/h. O Classe B elétrico é totalmente livre de geração de energia por combustão. Ele roda até 200 km com seu motor elétrico e atinge velocidade máxima de 160 km/h. Segundo a Mercedes, o dono do carro demora cerca de duas horas para recarregá-lo em uma tomada 220V (a carga fornece autonomia de 100 km).

"Os motores a combustão continuarão conosco por um longo tempo, mas estamos olhando para a tecnologia elétrica e ela já é capaz de oferecer uma boa experiência (ao motorista)", disse Ola Kallenius, nada menos que o executivo-chefe da divisão esportiva da Mercedes, a AMG. Segundo ele, a marca trabalha com alguns "truques" para entregar a mesma sensação de performance que um motor V10 oferece ao motorista. "O som (produzido pelo motor elétrico) é diferente e isso é algo que o motorista se importa. Por isso, nós estamos realçando o som produzido pelo motor elétrico e até criando sons para que o motorista ouça mais o que o carro está fazendo".

A BMW não elegeu o 435i Coupé - um lançamento e seu carro mais veloz exibido no salão - como sua estrela em Frankfurt. Os holofotes foram para os elétricos i3 e i8, que segundo a fabricante deverão ser exportados para o Brasil no ano que vem. A marca alemã deixou claro durante a apresentação de seus modelos elétricos que a performance e o design são diretamente ligados à aceitação deste tipo de veículo pelo público.

O i8, além do motor elétrico, é impulsionado por um motor a combustão 1.5 l turbo. A bateria que o faz rodar no modo elétrico gera 131 cavalos de potência, enquanto o propulsor a gasolina gera 231 cavalos. No modo elétrico, o esportivo roda até 35 km sem recarregar e atinge 120 km/h. O i8 tem consumo combinado (motores elétrico e a combustão) de 40 km/l. A custos de eletricidade na Alemanha, o motorista gastaria 3,75 euros (cerca de R$ 11,50) para cada 100 km rodados. O modelo leva até quatro ocupantes (embora os do banco de trás fiquem bem pouco confortáveis).

A Volkswagen transformou um dos veículos mais esportivos de sua gama em elétrico. O e-Golf, também lançado durante o salão, é totalmente movido a eletricidade e, de acordo com o preço do kWh na Alemanha, custa cerca de R$ 10 para o motorista em combustível a cada 100 km/h. Quanto ao desempenho, a versão elétrica faz de zero a 100 km/h em 10s4 e bate os 140 km/h de velocidade máxima. A autonomia da bateria é de 190 km. Além dele, o compacto Up! também ganhou propulsor alternativo.

Fonte: Terra

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