Toyota confirma novo Prius para este ano

Toyota Prius

Exposta no Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, nova geração do híbrido deve chegar ao País em dezembro

Começou dia 24/09 em São Paulo (SP) a 11ª edição do Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos - o maior evento do gênero realizado na América Latina. Há atrações para todos os gostos, de hatches a esportivos. Contudo, em meio a tantas novidades, a maior parte veio mesmo só a passeio e poucas poderão ser vistas nas ruas brasileiras. A exceção é a nova geração do Prius, confirmada para chegar ao mercado nacional em dezembro deste ano. Veja a seguir as principais novidades do salão.

Toyota tem boas notícias para o Brasil
Apresentada no Salão de Frankfurt, na Alemanha, na semana passada, a nova geração do Prius teve sua chegada ao Brasil confirmada para dezembro deste ano. Contudo, a produção nacional, que está sendo estudada pela fabricante, enfrenta desafios para sair do papel. De acordo com a Toyota, a instabilidade cambial e a falta de incentivos do governo são as principais dificuldades, já o que o híbrido seria montado no País em regime de CKD, ou seja, com peças importadas do Japão.

Por enquanto, a marca exibe no Salão de Elétricos a geração atual em uma versão policial do Prius, que será utilizada no Rio de Janeiro pela Polícia Militar e que também fará parte da frota destinada às operações durante as Olimpiadas de 2016.

Porsche estuda receptividade
Em outros países já são vendidos Panamera e Cayenne em versões híbridas, mas por aqui o SUV ecologicamente correto está sendo apresentado pela Porsche apenas para avaliar a recepção do público. Segundo a marca, a falta de incentivos fiscais ainda é vista como um dos principais fatores que impossibilitam a comercialização do modelo no Brasil atualmente.

BMW já vende modelos no País
A fabricante de origem bávara levou ao evento dois modelos já comercializados no Brasil: o compacto i3 e o esportivo i8. O compacto foi apresentado na versão REX Full, que combina um motor elétrico a outro por combustão, responsável por recarregar as baterias. O i8 também se vale de um conjunto híbrido que rende 367 cv de potência. Isso permite ao modelo acelerar de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos e oferecer autonomia de 500 km com uma única carga.

Kia sonha com elétricos e híbridos
A versão híbrida do sedã Optima está exposta no Salão de Veículos Elétricos, mas não há previsão de chegada ao País, assim como a versão elétrica do Soul - que também está no evento. Segundo a Kia, ainda falta uma estrutura eficiente de carregamento para veículos elétricos e híbridos no País. Porém, o preço ainda é o principal impedimento. A marca afirma que a atual alíquota de importação tem dificultado seus planos de expansão no Brasil.

BYD mira nos frotistas
Pouco conhecida, a chinesa BYD expõe o E6, um modelo elétrico que já está à venda por aqui desde fevereiro. Até agora, apenas 10 unidades do carro desembarcaram no Brasil, mas um lote com 50 unidades deve chegar em novembro. De acordo com a marca, o foco atualmente é a venda direta, principalmente para frotas, mas não está descartada a possibilidade de inauguração de um showroom - a marca não possui nenhum ponto de venda para Pessoa Física.

Expectativas positivas para o futuro
Segundo a Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores), a previsão é que as vendas de veículos elétricos e híbridos seja de 100 a 200 unidades neste ano, mas a entidade afirma que a expectativa para 2020 é que esse número varie entre 5 e 10 mil emplacamentos.

Para chegar lá, o diretor de veículos elétricos e híbridos da Abeifa, Adalberto Maluf, afirma ser necessário reduzir os impostos. "Os governos estaduais têm que rever a cobrança de ICMS e até mesmo de IPVA, enquanto o governo federal precisa acabar com algumas das distorções existentes", afirma o executivo.

Segundo Maluf, a previsão é que a questão da tributação seja revista ainda neste ano. "Acreditamos que, em novembro, já haja uma discussão sobre a redução de imposto para veículos elétricos e híbridos", completou. Para ele, a popularização de veículos com propulsão limpa afeta diretamente questões de política pública. "Atualmente, 5.500 mortes por ano são causadas por problemas relacionados às emissões de poluentes", disse o diretor.

De acordo com o presidente da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos), Ricardo Guggisberg, além de mais eficientes, os veículos elétricos não trariam problemas de consumo de energia para o País. "Se o total de veículos em circulação no Brasil atualmente fosse de elétricos, eles consumiriam apenas 3,3% do total de energia disponível. Além disso, enquanto a eficiência de carros a combustão é de 40%, nos elétricos chega a 60%", explica Guggisberg.

Por: Gabriel Aguiar
Fonte: iCarros

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